Qualidade Vivida

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Sobre morrer junto

Parte de mim morreu junto com ele
Ele faria 10 anos em setembro. Gozava de uma saúde absurda! Lindo, feliz, tranquilo, amava estar entre pessoas, tinha a maior paciência com crianças e com idosos, era louco pelo meu pai e pela minha mãe, tinha rotina bem definida, me esperava todos os dias no portão de casa (sei lá como ele sabia a hora que eu estava chegando), amava correr na rua e brincar com outros cães e mais que tudo: era completamente apaixonado por mim... 
Eu sei o quanto é difícil para algumas pessoas entenderem esse amor que transborda de mim, pelos animais, mas eu amo TANTO, que chega a doer... devo ter sido um na encarnação passada... 
Nicolau era tão esperto que chamava para dormir, pedia para abrir a porta quando queria ir lá fora fazer xixi e quando via uma mala pronta ou movimento de arrumação de mala, rápido corria para sua coleira, sabia que era hora de viajar!
Era domingo, dia 22 de maio, manhã tranquila e gostosa de outono. Ele foi para o portão, pediu para sair. Abri o portão e fui com ele, olhá-lo correr, como sempre fazia... 
Não voltou vivo! Foi tão rápido que é difícil entender... A veterinária foi até a nossa casa dar o óbito e quando o viu disse: ele nem sentiu, quebrou o pescoço... 
Quem sabe sobre a morte? Mal sei da vida... 
O que me conforta, um pouco, é acreditar que ele virou uma energia boa no universo e essa energia está ali, no nosso quintal, protegendo e iluminando a nossa casa.
Que Deus o abençoe, como sempre fez, desde o dia em que o encontramos...