Ele faria 10 anos em setembro. Gozava de uma saúde absurda! Lindo, feliz, tranquilo, amava estar entre pessoas, tinha a maior paciência com crianças e com idosos, era louco pelo meu pai e pela minha mãe, tinha rotina bem definida, me esperava todos os dias no portão de casa (sei lá como ele sabia a hora que eu estava chegando), amava correr na rua e brincar com outros cães e mais que tudo: era completamente apaixonado por mim...
Eu sei o quanto é difícil para algumas pessoas entenderem esse amor que transborda de mim, pelos animais, mas eu amo TANTO, que chega a doer... devo ter sido um na encarnação passada...
Nicolau era tão esperto que chamava para dormir, pedia para abrir a porta quando queria ir lá fora fazer xixi e quando via uma mala pronta ou movimento de arrumação de mala, rápido corria para sua coleira, sabia que era hora de viajar!
Era domingo, dia 22 de maio, manhã tranquila e gostosa de outono. Ele foi para o portão, pediu para sair. Abri o portão e fui com ele, olhá-lo correr, como sempre fazia...
Não voltou vivo! Foi tão rápido que é difícil entender... A veterinária foi até a nossa casa dar o óbito e quando o viu disse: ele nem sentiu, quebrou o pescoço...
Quem sabe sobre a morte? Mal sei da vida...
O que me conforta, um pouco, é acreditar que ele virou uma energia boa no universo e essa energia está ali, no nosso quintal, protegendo e iluminando a nossa casa.