Qualidade Vivida

domingo, 16 de junho de 2013

A presença ausente do afeto

Recebi, semana passada, do meu genro Brunno, um texto muito bacana falando sobre a necessidade que temos de nos isolar, mesmo com essa globalização toda.... Evidente que eu concordo que a globalização contribuiu para isso, uma vez que não precisamos de muito esforço para acessar informações, "conhecer" pessoas, "criar" vínculos - ainda que virtuais - que saciam, temporariamente, a nossa necessidade de contato. Estamos vivendo a era do contato excessivo, em que a presença se ausenta do afeto... Criamos avatar para sermos aceitos pelo mundo ou por nós mesmos?
Há quem disfarce e se esconda de si, quando se mostra nas redes sociais... E por aí vamos seguindo intensamente... intensamente sozinhos... intensamente sozinhos com tanta gente em volta... Muita gente segue conversando em seus "iPs", com quem está distante sem interagir com quem está ao seu lado na mesa do bar, por exemplo... Excesso de contato carente do afeto, do que toca na pele... Acho que aprendemos a tocar a alma de outra forma... Se isso é melhor ou pior eu ainda não sei, mas que é preciso criarmos momentos para agradar ao maior órgão dos sentidos, disso eu tenho certeza...
Entre teclar e tocar é possível ficar com os dois, como bem citou Gustavo Araújo, no seu texto Coisas que temos, coisas que não precisamos: "O importante para o ser humano é deixar de viver por hábito e encontrar algo por qual queira viver e morrer" (Kierkegaard)...

Um comentário:

  1. Lindo, sogra! Uma simples questão de equilíbrio. Utilizando do virtual como meio complementar e auxiliar para a nos ajudar na comunicação. Quando estamos com alguém, devemos estar com esse alguém... Parabéns

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