Qualidade Vivida

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

As raízes do mundo virtual na química cerebral

Dopamina é um neurotransmissor que está envolvido no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição, sono e memória. Ela é a precursora natural da adrenalina, por exemplo, que age como estimulante do sistema nervoso central. [1]

Quando estamos no facebook ou jogando videogame sentimos um prazer que libera esse neurotransmissor em excesso, conforme afirma a neurocientista Susan Greenfield. 

Qual é o papel que a dopamina exerce no nosso cérebro? Ela participa do sistema de recompensas. E ela é liberada quando comemos chocolate, quando fazemos sexo... Cada vez que a criança muda de fase no videogame, por exemplo, ela experimenta uma satisfação dessa mesma natureza, liberando mais e mais dopamina.

"A interatividade estimula o cérebro a produzi-la em demasia. Isso é um problema. O excesso desse neurotransmissor afeta diretamente o córtex pré-frontal, região do cérebro que é a sede da consciência, em que a pessoa processa o conceito que faz de si mesma e as noções de tempo e de espaço" (Dra. Susan Greenfield, em entrevista concedida à revista Veja, em edição publicada em 9 de janeiro de 2013)

O que fazer? Como tudo na vida, devemos ter equilíbrio ao usar as redes sociais e incentivar que nossos filhos usem o videogame ou as redes sociais com prudência e tempo previamente acordado entre ambos. Quando a criança mergulha no universo virtual - que é deveras atraente - ela se ausenta da realidade aqui e agora e é essa ausência em demasia que prejudica. 

O que acontece quando privamos a criança de ouvir histórias ou não a incentivamos a ler? 
A história tem um contexto de vida, proporciona a criação de vínculos e empatia com os personagens, estimula a criatividade. Geralmente, as histórias têm os aspectos morais que podem e devem ser discutidos com o outro. Os games apresentam objetivos práticos como vencer ou perder sem importar o contexto que envolve a situação. 

Qualquer coisa pode ser muito legal ou muito nociva para a construção dos nossos valores, e se é bom ou mau vai depender de como conduzimos a nossa vida. Convívios face a face não podem ser trocados pelo universo virtual. Criança precisa correr, praticar esporte, conviver com outras crianças da IDADE DELA, beijar de verdade, abraçar, sentir o contato humano, ter experiências de convívio com animais!  Aliás... Todos nós precisamos, não apenas a criança! Seu filho passa mais de três horas logado? Sinal amarelo! Fique atenta(o)...

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