Qualidade Vivida

domingo, 21 de setembro de 2014

Estar junto ou amar? Ou amar estar junto?


Amor...
tão simples e impressionante,
a ponto de te tocar muito mais
que o toque em si
(Márquez, Vinícius. Segundos Depois. Ed. Livros Ilimitados)

Algumas pessoas não entendem que estar junto é uma escolha e não uma obrigação. Ou pelo menos deveria ser...
Em recente bate-papo com amigos da minha faixa etária, alguns disseram: não é tão simples assim, Claudinha! Você diz isso porque é solteira. Ainda teve um outro que completou: "Pessoal, ela diz isso porque é solteira, ou ela é solteira porque diz isso, tipo biscoito Tostine?  Essa aí vai morrer sozinha, se amarra bancar de liberal e bem resolvida" (eu sei que ele está lendo isso agora e pensando: não acredito que ela publicou!)... 
Pois é... Errado! Não banco de liberal, tampouco de bem resolvida porque não sou, estou - e isso não é uma mera questão semântica, mas aprendizado de vida! Tenho os meus grilos, e quando estou namorando sinto ciúme também! O ciúme é natural quando se ama. Pessoas não são coisas, logo, não deveríamos tratá-las como propriedade privada - seria uma violência! O que não podemos é permitir que o ciúme atrapalhe a relação, porque por maior que seja o amor, quando ele é invadido por desconfiança, fruto do excesso de imaginação do companheiro, a relação começa a morrer. O amor que não é cuidado perece. Agora, mesmo cuidando, alguns amores simplesmente acabam e é preciso deixá-los ir para que um próximo amor possa chegar: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço do coração!
Um dos meus maiores aprendizados (e a idade somada à experiência de vida ajudam bastante nesta questão) foi entender que quando uma relação termina para um dos dois ela termina para o casal! Filho não deve ser motivo para segurar casamento. E quando um dos pares usa o filho como ameça ou escudo ele está sendo desleal com ele, com o par e com o filho. Para mim, nada é mais importante que o amor. A família existirá independente dos pais estarem ou não juntos matrimonialmente. Acho que essa geração que está na faixa dos 20 e poucos anos está muito mais preparada para vivenciar o casamento com plenitude do que a minha geração, de modo geral evidentemente, porque hoje eles têm muito mais permissão para amar. Mesmo quando não têm o discurso dos pais, neste sentido, dentro de casa, existe no imaginário coletivo a defesa da estruturação da família por amor, seja ela qual for: entre homens, entre mulheres, entre homem e mulher. E isto se deve ao mundo globalizado. 
Voltando a minha frase inicial: estar junto é uma questão de escolha, agora amar é encontro! E para mim, divino é estar junto de quem nós amamos e ter sabedoria para mantermos a relação com harmonia, para que ela dure muito tempo...


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